sexta-feira, 18 de março de 2011

Diabo na Cruz "Bandas que estão a dar que falar"


"Virou!" dos Diabo na Cruz não é um álbum qualquer. É o fim da busca e a resposta à pergunta: é possível mesclar rock com música tradicional portuguesa e, ainda assim, acrescentar criatividade e dinamismo? As tentativas que tinham ouvido não me convenciam.

Actualmente, as gerações na casa dos 20 e 30 anos têm uma boa abertura à música portuguesa. Outras, nas décadas finais do século XX, viveram na onda anglo-saxónica e geraram anticorpos a sons tradicionais, ao Fado, a canções na língua materna, etc. Este ciclo contribui ainda para que na rádio se passe pouca música feita de e para portugueses.


Os Diabo na Cruz não são nova música urbana, como Deolinda e Virgem Suta. Não são reinterpretações populares de velhos cantares como Brigada Victor Jara e Ronda dos Quatro Caminhos, nem fusões pan-europeias com Dazkarieh e Uxu Kalhus. São rock com travo estético e autoral nacional.


Letras, métrica, tonalidade, ritmo, interpretação e, sobretudo, composição, fazem do primeiro álbum de Diabo na Cruz um trabalho singular. Haverá um pré e um pós "Virou!" na cultura nacional. Feita a avaliação dos últimos 10 anos, escolho dois álbuns marcantes no rock português: Humanos e Diabo na Cruz.



 Membros:

- Jorge Cruz
- B Fachada
- Bernardo Barata
-João Pinheiro
- João Gil

Discografia:
·       Virou (2010)


Retirado do jornal Expresso 


Slayer - 99º melhor banda de rock de sempre


História:

A história da banda teve início por volta de 1981, em Los Angeles, quando o guitarrista Kerry King e o baxista Tom Araya, que haviam tocado juntos em algumas bandas de pouca ou nenhuma repercussão, se juntaram a um outro guitarrista, Jeff Hanneman, e ao baterista Dave Lombardo, para montar uma banda de influências metal e punk. Em 1982 começaram a se apresentar no circuito de clubes de Los Angeles tocando covers de bandas como Judas Priest e Iron Maidon. A maneira de tocar porém era mais agressiva. Os Slayer foram uma das bandas responsáveis pela evolução dos estilos thrash e death metal.
  Em 1983 a banda foi descoberta por Brian Slagel, presidente da gravadora Metal Blade. Gravaram a música Aggressive Perfector para a coletânea Metal Massacre III e ainda em 1983 lançaram pela Metal Blade seu primeiro disco, o clássico Show No Mercy. Juntamente com Kill'em All dos Metallica, lançado praticamente ao mesmo tempo, este disco marca o nascimento do thrash metal. Ao contrário dos Metallica, porém, os Slayer tinha o diferencial de adotar mais abertamento temas satânicos nas letras e capas dos discos. Em 1983 lançariam ainda o EP Haunting the Chapel.
  Em 1985 foi lançado o segundo LP, com o sugestivo nome de Hell Awaits. Uma excelente vendagem de mais de 100.000 cópias chamou a atenção de gravadoras maiores para a banda. Logo seriam contratados pela Def Jam Records, gravadora até então responsável apenas por artistas de rap e hip hop. A estréia pela nova gravadora seria o maior clássico dos Slayer, Reign In Blood, um dos álbuns mais rápido até então. Superando qualquer espectativa o álbum chegou a disco de ouro nos Estados Unidos, fato inédito até então para um disco tão pesado e agressivo. Apenas em 1987 o álbum chegaria à Europa.
  Apesar da excelente vendagem de discos e shows cada vez mais lotados dentro dos Slayer algo não ia bem e começavam os desentendimentos entre Dave Lombardo e o resto da banda. Em 1987 Dave abandonou a banda por um curto período de tempo, sendo substituído por Tony Scaglione (que havia tocado com a banda Whiplash). Dave voltou poucos dias depois.
  South Of Heaven de 1988 foi uma decepção para os fãs que esperavam um novo petardo ao estilo de Reign In Blood. O som estava mais lento, mais pesado, não mais comercial de forma alguma, mas definitivamente diferente. As letras começavam a abandonar a temática restrita do satanismo e abordar temas como aborto, guerra, evangelismo e nazismo (motivo de problemas constantes para a banda, constantemente associada a movimentos racistas, inclusive por usar uma águia de ferro como um de seus símbolos).
  A temática mais atual se confirmaria no próximo lançamento, Seasons In The Abyss de 1990, primeiro álbum da banda a alcançar um disco de platina. Após o lançamento os Slayer embarcaram para a clássica turnê Clash Of Titans, juntamente com Megadeth, Anthrax, Testament, Suicidal Tendencies e Alice In Chains. Nesta turnê surgiram desentendimentos entre os Slayer e os Megadeth.
  Decade Of Aggression de 1991 foi um álbum contendo os clássicos dos primeiros dez anos de carreira da banda, gravados ao vivo. Apesar de ser um álbum duplo, fato raro entre bandas pesadas, rapidamente chegou ao ouro.
  No início de 1992 os constantes desentendimentos que vinham se acumulando entre Dave Lombardo e a banda levaram à demissão do baterista (que pouco mais tarde formaria a banda Grip Inc). Paul Bostaph da banda Forbidden foi chamado para o posto. Com a nova formação se apresentaram no Donnington Monsters Of Rock Festival deste ano.
  Em 1993 após um período de pouca produção (sem gravações de estúdio e sem shows ao vivo) a banda gravou com Ice T (artista de rap) um medley de covers da banda punk Exploited para a trilha sonora do filme Jugdment Night. Com quase um ano de atraso em 1994 foi lançado Divine Intervention. A capa controversa mostrava um fã escrevendo no braço o logotipo dos Slayer com uma navalha, prova da devoção cega de alguns fãs à banda.

  O álbum Undisputed Attitude levou adiante a idéia de gravar tributos às bandas punk que haviam influenciado a carreira dos Slayer. Após as gravações o baterista Paul Bostaph abandonou a banda por diferenças musicais, sendo substituído por Jon Dette (que havia tocado com o Testament). Paul retornaria a banda em 1997.
  No ano de 1998 os Slayer lançam Diabolus in Musica. Marcado por alguns efeitos de vozes, Tom Araya decidiu arriscar. Trata-se de um típico álbum da banda, recheado de metal e peso. Guitarras pesadas e bateria avassaladora. Graças ao novo álbum, os Slayer apresentam-se no ano de 1998 no festival Philips Monsters of Rock onde foi a banda principal, detonando toneladas de metal e enlouquecendo cada vez mais seus fãs. Depois seguiu para o Monsters of Rock argentino, onde tocou comAngra, Helloween e Iron Maiden.
  Em 2001 saiu God Hates Us All, novamente pela Def Jam. Abandonando as experimentações e acessibilidade de alguns lançamentos mais recentes, God Hates Us All representa os Slayer de volta ao som cru de seus primórdios.
  Em 2002, Paul Bostaph deixou a banda por problemas de saúde, sendo substituído por Dave Lombardo, que seguiu em tour com a banda, que se preparava para gravar um novo petardo. Sua permanência como membro efetivo não foi confirmada.


Membros:

- Tom Araya (Baixo e voz)
- Kerru King (Guitarra)
- Jeff Hanneman (Guitarra)
- Dave Lombardo (Bateria)

Discografia:
  • Show No Mercy (1983)
  • Hell Awaits (1985)
  • Reign in Blood (1986)
  • South of Heaven (1988)
  • Seasons in the Abyss (1990)
  • Divine Intervention (1994)
  • Undisputed Attitude (1996)
  • Diabolus in Musica (1998)
  • God Hates Us All (2001)
  • Christ Illusion (2006)
  • World Painted Blood (2009)